28 November 2008

Enjoy the ride...



«Shut the gates and sunset
After that you can't get out
You can see the bigger picture
Find out what it’s all about
You're open to the skyline
You won't want to go back home
In a garden full of angels
You will never be alone

But oh the road is long
The stones that you are walking on
Have gone

With the moonlight to guide you
Feel the joy of being alive
The day that you stop running
Is the day that you arrive


And the night that you got locked in
Was the time to decide
Stop chasing shadows
Just enjoy the ride

If you close the door to your house
Don't let anybody in
It's a room that's full of nothing
All that underneath your skin
Face against the window
You can't watch it fade to grey
And you'll never catch the fickle wind
If you choose to stay

But oh the road is long
The stones that you are walking on
Have gone

With the moonlight to guide you
Feel the joy of being alive
The day that you stop running
Is the day that you arrive

And the night that you got locked in
Was the time to decide
Stop chasing shadows
Just enjoy the ride

Stop chasing shadows
Just enjoy the ride»

by Morcheeba

03 July 2008

DO ALTO DOS MONTES, from F.N.

« Oh! Meio dia da vida! Época solene!
Oh! jardim de estio!
Beatitude inquieta da ansiedade na espera:
espero meus amigos, noite e dia,
onde estais, amigos meus?
Vinde! É tempo, é tempo!

Não é por vós que o gelo cinzento
hoje se adorna com rosas?
A vós procura o rio,
Suspensos nos céus ventos e nuvens se alevantam
para observar vossa chegada
competindo com o mais sublime vôo dos pássaros.

No meu santuário coloquei a mesa:
Quem vive mais próximo das estrelas
e das horríveis profundezas do abismo?
Que reino mais extenso que o meu?
E do mel, daquele que é meu, que sentiu seu fino aroma?

Aqui estais, finalmente, meus amigos!
Ai! não é a mim que procurais?
Hesitais, mostrais surpresa?
Insultai-me é melhor! Eu não sou mais eu?
Mudei de mão, de rosto, de andar?
O que eu era, amigos, acaso não mais sou?

Tornei-me, talvez, outro?
Estranho a mim mesmo? De mim mesmo, fugido?
Lutador que muitas vezes venceu a si mesmo?
Que muitas vezes lutou contra a própria força,
ferido, paralisado pelas vitórias contra si mesmo?

Porventura não procurei os mais ásperos ventos
e aprendi a viver onde ninguém habita,
nos desertos onde impera o urso polar?
Não esqueci a Deus e ao homem, blasfêmias e orações?
Tornei-me um fantasma das geleiras.

Oh! meus velhos amigos, vossos rostos
empalidecem de imediato,
transtornados de ternura e espanto!
Andai, sem rancor! Não podeis demorar aqui!
Não é para vós este pais de geleiras e rochas!
Aqui é preciso ser caçador e antílope!

Converti-me em caçador cruel. Vede meu arco:
a tensão de sua corda!
Apenas o mais forte poderá arremessar tal dardo.
Mas não há nenhuma seta mortal como esta.
Afastai-vos, se tendes amor à vossa vida!

Fugis de mim!? Oh, coração, quanto sofreste!
E entretanto, tua esperança ainda se mantém firme!
Abre tuas portas a novos amigos,
renuncia aos antigos e às lembranças!
Fostes jovem? - Pois agora és mais e com mais brio.

Quem pode decifrar os signos apagados,
do laço que une com a mesma esperança?
Signos que em outros tempos escreveu o amor,
que luzem como velho pergaminho queimado
que se teme tocar, como ele. Queimado e enegrecido!

Basta de amigos! Como chamá-los?
Fantasmas de amigos! Que de noite,
tentam ainda meu coração e minha janela
e me olham sussurrando:
Somos nós!
Oh! Ressequidas palavras, um dia fragrantes como rosas!

Sonhos juvenis tão cheios de ilusão,
aos quais buscava no impulso de minhalma,
agora os vejo envelhecidos!
Apenas os que sabem mudar são os de minha linhagem.

Oh! Meio dia da vida! Oh! segunda juventude!
Oh! jardim de estio!
Beatitude inquieta na ansiedade da espera!
Os amigos esperam, dia e noite, os novos amigos.
Vinde! É tempo! É tempo!

O hino antigo cessou de soar,
O doce grito do desejo expira em meus lábios.
Na hora fatídica apareceu um encantador,
o amigo do pleno meio-dia.
Não, não me pergunteis quem é;
ao meio-dia, o que era um,
dividiu-se em dois.

Celebremos, seguros de uma mesma vitória,
a festa das festas!
Zaratustra está ali, o amigo,
o hóspede dos hóspedes!
O mundo ri, o odioso véu cai,
E eis que a luz se casa com a misteriosa,
subjugadora Noite.»

(Tradução de Márcio Pugliesi, emprestada de www.astormentas.com in dia de hoje!)

18 June 2008

Arrumações


Sentir..
O Mar.. A Areia.. O Sol.. A Luz.. A Música..
Mesmo que o dia seja cinzento e chuvoso!
Nada como a alegria de se estar inteiro e integro, de se ser uno e verdadeiro, de se sentir aqui e agora.. O Outro até nos parece gentil na sua rudeza e o carinho surge assim, devagar, aos poucos e de surpresa.. É aqui que reside o encanto!
Pois, estou mesmo apaixonada, ele há ventos assim.. Doces, sossegados e deliciosamente calmantes, mesmo quando se levantam sob a forma de um vendaval dos demónios!
É só isso.. A Vida!

02 May 2008

As músicas da Rádio...

Há muito, muito tempo..
No tempo em que as cerejas ainda não tinham caido por causa do vento, alguém me comentou que, ao passar por uma fase de incertezas e vontades existênciais, as músicas da rádio, numa determinada viagem de regresso.. ou de ida.. depende da perspectiva.. teimavam em reproduzir o que estava a sentir..
Como teimo em racionalizar as coisas, insisti no pensamento de que somos nós que interpretamos o que nos chega de fora, identificando, ou rejeitando, as supostas mensagens que nos chegam pelas colunas do carro..
Pois.. As cerejas insistem em vir uma atrás da outra (e ainda nem é tempo delas), tal como os ventos insistem em soprar um atrás do outro.. ou será à frente?
Enfim.. Com as músicas da rádio é exactamente a mesma coisa.. E a culpa nem é do DJ, pois as estações são mais que muitas.. Mas parece que existe uma qualquer força oculta que teima em transportar pelas colunas do carro em movimento o que nos vai cá dentro..
Incertezas.. Dúvidas.. Medos.. Sonhos.. Tristezas.. Alegrias.. Sorrisos.. Esquecimentos.. Festas.. Partidas..
Escrevi anteriormente que haviam coisas que não compreendo, pois bem, já aconteceram quatro dessas coisas exactamente aos mesmos seres.. Se antes não compreendia, agora recuso-me a sequer tentar..
E a tristeza que se abate sobre nós quando alguém querido perde alguém muito querido naqueles reveses da vida que não perdoam as almas boas?
E quando somos nós que intrincamos os "NÓS" da teia que o universo nos teceu?
Porra, as linhas são minhas, não deveria ser eu a saber como as coser?
Esta quase que merecia estar no desaBAFO..
De qualquer forma apenas queria dizer que, aconteça o que acontecer teremos sempre as músicas da rádio, assertivas e adequadas ao que nos vai da alma.. Mistério? Paranoia? Facto ou fato ou Fo**se?
Turn the Radio On and let it flow ´cause God´s a DJ!!

13 April 2008

Ventos de Mudança..

E no início foi um Furacão..
Quantos ventos não passaram desde então?
E quantos ainda estarão por passar?
De alguns ainda sinto as poeiras no ar..
De outros só a calma sossegada do turbilhão ficou..
Aguardo os novos ventos com a janela aberta!
You, yourself and the others, obrigada pela inspiração para voltar.. Há já muito tempo que os calcanhares teimavam em dar os 3 toques mágicos, mas o vento soprava noutra direcção..